Falar sobre o amor nos leva a analisar
o relacionamento a dois, pois não há como separar um tema do outro. Estão
interligados. A única diferença que possa existir entre estes dois pontos está
na questão entre sentir e viver. Sempre haverá uma escolha. Por qualquer razão,
não importa quais serão os motivos ou interesses, uma decisão é tomada. A vida
oferece várias opções, cabendo a nós mesmos decidirmos o que de melhor serve
para cada um, respeitando sempre o sentimento da pessoa a quem se ama.
A felicidade não é algo a ser buscado
fora de nós - como sempre digo isso -, porque é um estado de ser. Portanto, ser
feliz deve ser a meta individual de cada pessoa, homem ou mulher. E isto só se
consegue quando buscamos em nosso interior a força, a segurança, a motivação,
alimentando constantemente a alegria de estarmos neste mundo para aprender a
sentir e a viver. É uma oportunidade que recebemos e devemos cultivar um
sentimento de profunda gratidão neste aspecto.
O meio em que vivemos, incluindo aqui
os relacionamentos pessoais em todos os graus de convivência, é o campo da
nossa experiência como almas peregrinas. Ninguém vem para este mundo “a passeio”
e sim, para um aprendizado único em todo este nosso Universo. Somos todos, um
privilegiado por estarmos neste planeta, porque aqui é um mundo de sensações,
onde as nossas experiências alcançam diversos níveis de emoções. Os cinco
sentidos físicos qualificam isso.
No amor terreno encontramos um dos
aspectos fragmentados do Amor divino, que é a essência de toda a Vida
manifestada. Ao analisar este sentimento tão profundo e sublime, encontramos o
significado da realidade entre a energia feminina e a masculina – yin e yang -,
que na sua síntese atrai para este plano físico a mais poderosa energia
cósmica, fertilizando a Terra com a abundância da plena felicidade.
A dificuldade do ser humano de lidar
com essa energia é porque ela foi ao longo do tempo modificada. Essa alteração
foi ocasionada quando o medo foi estabelecido como um instrumento de domínio
neste mundo. A energia do medo é completamente oposta à energia amorosa
original. É densa a tal ponto que cristalizou na consciência física da
humanidade. Criou-se então uma egrégora tão poderosa que escraviza as pessoas
de uma forma desumana e cruel. A dor e o sofrimento são apenas o efeito desta
energia maléfica.
Uma consequência dramática na vida do
ser humano é o apego ocasionado pelo medo. O medo da perda. Basta refletir
sobre isso e a resposta, para todos os dilemas da vida, surge como por encanto.
Esse é o bloqueio para ser feliz. O amor puro e verdadeiro gera a cura.
Como assim, amor puro e verdadeiro?
É só não confundir “apego” e “paixão”
com amor. O amor nos conduz à liberdade e não a qualquer forma de escravidão.
Uma reflexão sincera sobre a carência,
a solidão, a sexualidade já nos coloca de frente ao próprio “espelho”.
Precisamos de coragem para enfrentar um mundo de ilusões que criamos para nós
mesmos.
O amor puro e verdadeiro é um ato de
doação. Pode ser identificado em várias formas de relacionamento: amizade,
maternal, filial, casal, devoção, grupal ou nacional. São muitas as variáveis.
O fundamental nesse sentimento é que não há cobrança e nem abandono e sim uma
profunda compreensão pela individualidade do ser humano e o seu livre arbítrio.
Esse respeito existe quando há o discernimento prático adquirido ao longo das
experiências de vida. É a maturidade.
No caso específico de uma relação a
dois, uma atenção deve ser conferida nesta situação particular. Uma terceira
pessoa envolvida pode ser danosa na vida conjugal, por isso é uma relação dual.
E nem sempre isto é entendido desta forma. Uma família é constituída a partir
do seu centro de equilíbrio que é baseada no desempenho de um casal. É a partir
deste núcleo que a luz se irradia por toda a família. Sem essa união, tudo se
fragmenta e se dispersa.
A vida de um casal deve ser
constantemente alimentada pela cumplicidade, lealdade e parceria, sendo a
prática do diálogo constituída como um hábito em sua rotina. O monólogo é um
veneno, pois ninguém consegue “adivinhar o pensamento do outro” e somos movidos
diariamente pelas imagens criadas pelo “espelho” do nosso subconsciente (tema
para um próximo artigo).
Não há como definir os conflitos de um
relacionamento a dois, sempre que existir uma terceira ou mais pessoas
envolvidas - não importa o grau de relacionamento neste caso -, apenas sei por
minha própria vivência e através da clarividência que além das aparências,
coexistem ligações cármicas, contratos e interferências benévolas e/ou
maléficas, cujas intenções carregam seus propósitos para esta vida em
particular e, em muitos casos, os implantes energéticos em um dos quatros
corpos do indivíduo, alteram toda a sua capacidade de exercer o seu livre
arbítrio, podendo ser manipulado a bel prazer por alguém que muitas vezes está
tão próximo de si mesmo, que não consegue acreditar nesta atuação maligna, cujo
objetivo é afastar a vítima de sua missão de vida.
A inocência de um ser é muitas vezes
contaminada pela ignorância e pela manipulação de pessoas inescrupulosas, por
isso há muito tempo foi transmitida uma mensagem de alerta: “Orai e vigiai!”.
Paz!
Shima
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