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A Janela da Alma

“Tudo na vida, até os relacionamentos humanos, ocorrem antes no plano espiritual.” (Shima)

Abordar o tema de relacionamentos humanos já é complicado até para os mais dedicados especialistas, porque é um campo vasto de conhecimentos, vivências e lições de vida, impressionantes. E porque também envolve o lado mais marcante da nossa experiência humana como almas divinas que somos. As emoções.

Para falar deste assunto neste texto vamos simplificar demarcando dois campos de atuação do ser humano com seus aspectos físicos, emocionais, mentais, psicológicos e energéticos. Um destes é o plano físico e o outro, o espiritual. Acredito que assim, o entendimento seja facilitado para os envolvidos na trama da vida.

Desde a nossa tenra idade já na infância começa o processo de condicionamento físico, emocional, psico-mental. O fato de “estarmos” vivendo no mundo da forma onde as manifestações ocorrem, os condicionamentos são necessários para o aprendizado individual do ser que encarnou num corpo físico.

A evolução humana acontece através das experiências individuais que influencia o coletivo e determina o rumo dos acontecimentos futuros. Cada ser individual é um criador de si e das suas manifestações internas e externas. Cria seu próprio mundo. E cada mundo pessoal interage com os que estão à sua volta.

Essas criações são as egrégoras. São campos de energias construídas ao longo da vida e das existências passadas. Formam poderosos hologramas, em que o núcleo familiar é o alicerce que vai sustentar essa imensa cadeia energética. Por causa desta construção, há necessidade de regras para manter a existência desta estrutura social, senão vem o descontrole, a desagregação, o caos e a destruição.

A energia que mantém todas as peças deste holograma colossal unida e viva é o Amor. Mesmo que esta energia divina seja manipulada e distorcida, ainda assim é a energia amorosa que vem da Fonte Original da Vida. Somos nós, seres humanos encarnados no plano físico que criamos aquilo que vivenciamos tanto o bem quanto o mal. O que semeamos, vamos colher!

Voltando ao início da nossa jornada nesta vida, na infância, encontramos um “nó” que foi o começo do desvio na nossa essência como seres espirituais. O desconhecimento das nossas origens antes de “nascer” num corpo de bebê ocasiona uma série de erros que irão determinar a vida futura da personalidade do ser, gerando distúrbios e conflitos existenciais.

A visão distorcida da vida não condiz com o anseio da alma que veio fazer uma experiência humana na Terra. É um choque. A própria limitação física do corpo que habita, inibe seus sonhos e ideais elevados sentindo-se prisioneiro dentro de uma “casca”, que mais se parece com uma caixa lacrada com apenas “dois buracos” para observar o mundo em que vive. Neste ponto, o sentimento e a sensação física se confundem.

Foi ensinado a usar apenas os cinco sentidos e, na escola da vida é tudo o que aprende a lidar e a viver. Suas escolhas são definidas através destes aspectos e seus pensamentos, que se cristalizaram ao longo dos anos por causa do condicionamento familiar e escolar, encontram dificuldades de entender e compreender o novo mundo que para ele, tornou-se transcendental.

Todas as fases e ciclos que um ser humano encontra ao longo da sua caminhada terrena, são sinais que mudanças ocorrem e devem ser encaradas de forma madura. Se assim não for, qual a necessidade de lições de vida se a consciência física nega a si mesmo estes aprendizados? E fecha a porta do seu crescimento individual? Justifica tudo responsabilizando a Vida, que nada mais é que o seu Instrutor Divino?

Neste círculo vicioso do medo e do apego, perde-se no emaranhado que criou no seu mundo interno e reflete este caledoscópio para o ambiente externo, o que causa um “efeito espelho”. É esta a confusão em que a maioria dos seres humanos vive em seus relacionamentos. O ambiente em que se vive é o palco da Vida. O ator deve ser responsável para viver seu papel com a consciência de que cria seu próprio mundo onde se manifesta.

Para este momento atual, a evolução natural da Vida já mudou o palco. As cenas serão novas com roteiros inovadores trazidos para um público de gerações mais exigentes e que são os construtores da nova era. Os relacionamentos mudaram e sofreram transmutações internas maravilhosas.

Aqueles que antes viviam apenas com as sensações dos cinco sentidos e olhavam através de “dois buracos” numa caixa, depara-se com um novo paradigma ao encontrar novas gerações e seres que descobriram que há outra abertura acima desta pequena caixa. E através deste “terceiro buraco” se inspiram para viver um novo roteiro de vida, utilizando um sexto sentido mais sutilizado que as anteriores.

Esta nova sensação que estão descobrindo manifesta-se do aspecto intuitivo e causa uma emoção tão profunda porque desperta algo sublime que sempre esteve no seu interior, mas que gastou a maior parte da vida buscando no mundo externo. É a voz do coração. A voz silenciosa da alma que sempre esteve aprisionada nesta caixinha, mas que pela luz que entra neste novo buraco pode agora, ser avistada.

E a melodia deste som, emitida pela voz da alma... é a cancão do Amor!

Beijos no Coração!

Paz na Terra,
Shima.

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